O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A decadência moral dos evangélicos

Desde o início do século XXI, inúmeras mudanças ocorreram no meio evangélico provocando um redirecionamento da fé. Fruto de um processo lento e avassalador ocorrido desde a década de 80 (talvez até antes), sua moral, dentre outras, entrou em declínio. Por que isto aconteceu? A resposta para tal questão é robusta, não podendo ser apresentada como algo específico. As alterações são resultados de muitas interferências dos homens de poder que ficaram secularizados e modificaram o discurso da pregação de um Evangelho que muda vidas para vidas que mudam o Evangelho.
            Kenneth Hagin e Benny Hinn transformaram suas experiências em doutrinas, rompendo com a ortodoxia histórica da Igreja e fermentando o evangelicalismo com heresias. Adeptos de suas convicções, alguns brasileiros crédulos (pastores e pastoras liberais), recepcionaram o bojo doutrinário advindo dos EUA e proclamam em seus púlpitos as falácias daqueles “profetas”. A consequência foi danosa. O tradicionalismo que é visto como conservador foi desbancado para dar lugar às experiências particulares de alguns oráculos desta nova ordem evangélica. O conservadorismo foi e continua sendo rejeitado, pois os novos valores adquiridos com tantas experiências extra bíblicas e anti-bíblicas caíram na graça de um povo não compromissado com a causa maior do Evangelho: a abnegação. O credo apostólico foi ignorado, porém afirma que o todo doutrinário é aquilo que altera a parte, o indivíduo. Jamais deveria ter sido esquecido, mas para confirmar a apostasia isto tem que acontecer.
            A igreja evangélica está numa situação tão escandaloso que o testemunho pessoal já não mais importa. Ter uma conduta irrepreensível, ilibada e devotada é tida como obsoleta, quadrada. O crente moderno gosta de fazer o que o mundano faz: torce pelo time do coração, é aproveitador (um dos males da cultura brasileira), age por egoísmo e interesses, não se preocupa com uma vida interior devotada a Deus, mas com o embelezamento artificial exterior, gosta de ouvir músicas mundanas, veste-se sem pudor, tem a língua afiada para exigir direitos, mas não aceita os deveres de ser cristão etc. Na verdade, ser evangélico hoje é uma mistura de tendências da moda, hedonismo, falsa religiosidade e de uma rebeldia explícita. Além disso, os referenciais dessa massa sem conversão são artistas midiáticos, entre outros que são convertidos desse novo momento. 
Essa modificação no cenário evangélico reprimiu a influência do Santo Espírito. Não há muitas conversões com constrangimento e compulsão como houve em Atos. Não há mais temor como existe nas Escrituras. As pessoas acham que o papel delas enquanto cristãs se limita a programações das mais diversificadas, porém à Noiva de Cristo cabe pregar a Palavra e viver por ela. A maioria dos evangélicos esqueceu esse preceito e também será esquecida no tempo das bodas...