O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Koinonia e fogo

Como bem sabemos, houve em Atos dos apóstolos uma profunda demonstração de comunhão com Deus e com a Igreja Primitiva. Foi-nos assim manifestado nos primeiros capítulos desse livro um forte apego ao ideal da unidade ou da Koinonia.
Koinonia, palavra de origem grega, em sentido etimológico, significa comunhão, mas poderia entendê-la como leveza para repartir e como estabelecimento do vínculo em prol de algo sumamente precioso para a comunidade de Cristãos. Compreende-se, então, que existe o liame no qual todas as partes da comunidade unem-se e produzem uma ação em proveito dela mesma e do agente efetuador da Koinonia.


Tendo em vista o princípio, o impulso operado na Igreja Primitiva foi exclusivamente do Espírito Santo. Com Ele foi [e ainda é] possível ocorrerem fortes experiências de comunhão com Deus uma vez que o enchimento do Paracleto nos permite uma percepção maior da dimensão espiritual na qual nos insere. Quando o Espírito opera há libertação, há revestimento de poder, há quebra de barreiras, há progresso e acontecem diversas manifestações que cooperam para o engrandecimento do Filho de Deus. Essas operações denotam a fluidez e o refrigério estabelecido pelo Senhor para que sua Igreja reproduza no seu cotidiano tudo quando lhe foi prometido. Esse testemunho que começa no interior é manifesto através da pregação calorosa dos autênticos discípulos que não beberam de uma fonte religiosa, mas da fonte da vida. É com esse Espírito que crentes avivados podem influenciar os que estão estagnados no Caminho e outros que vagueiam pelo mundo e em igrejas frias, pessoas que procuram outros meios para sentirem estímulos para servir a Deus, impossibilitando o agir perfeito do Salvador.

A remediação de alguns dos muitos problemas só se efetivará quando o povo de Deus entender como Duncan Campbell ao proferir uma sentença lógica e espiritual: “Não teremos reavivamento enchendo nossas igrejas de homens, mas enchendo com Deus os que já frequentam a igreja”. Necessitamos da compreensão de Charles Finney ao proclamar: “A maior necessidade de nossos dias é o poder do alto”.

Com espírito brando e submisso, temos urgência em tomarmos atitudes como as que foram tomadas por Evan Roberts ao registrar sua experiência:

“Eu estendi minha mão e toquei a chama. Agora eu estou queimando e esperando por um sinal. – Eu não sou a fonte deste avivamento. Eu sou apenas um agente entre o que vai ser uma multidão... Eu não sou aquele que está tocando os corações de homens e mudando as vidas dos homens. Não sou eu, mas o Deus que opera em mim.”

A Igreja evangélica precisa urgentemente retornar aos princípios do Evangelho para vivenciar legitimas práticas espirituais. Do contrário, estará fadada ao fardo do engano e da insensatez, à falta das convicções e ao desvio completo. Chegou a hora de buscarmos o trono da graça e de poder para que o Reino de Deus prevaleça, pois Ele está vindo, mas antes deseja unir sua Igreja (as virgens prudentes) para o despertar que antecede o encontro. O fogo espiritual contagiando a Igreja para uma intensa comunhão e união de forças para pregação do Evangelho será o adorno final de preparação para as Bodas do Cordeiro. Maranata!

Heládio Santos

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Palavra inicial do culto de integração universitária - COMUNIE

Assista ao vídeo de apresentação do projeto COMUNIE, proferida no Culto de Integração Universitário pelo Reverendo Glauco Barreira Magalhães Filho, realizado no auditório do curso de Direito da Faculdade 7 de Setembro em Fortaleza (CE), no dia 20/02/16:


Em breve, postaremos alguns cânticos interpretados pelo grupo de louvor da IBRM e a pregação. Aguarde!

A mídia e o avivamento de Gales

As matérias abaixo apresenta a percepção de um repórter de William Stead (1849-1912), editor da London's Pall Mall Gazette, que ficou famoso por seu interesse em causas sociais e que morreu no naufrágio do navio Titanic em 1912, sobre o despertamento espiritual em Gales. As muitas manifestações de salvação e contrição pelo pecado chamaram a atenção da mídia da época e muitos jornais fizeram inúmeras matérias sobre o assunto:

“Depois de participar de três cultos bem intensos em Mardy, uma vila galeza de 5.000 habitantes, eu vi a chama da espiritualidade galeza queimar e se incendiar como carvão. Não havia propaganda alguma, mas centenas de pessoas estavam lá. Não havia posters, nem cartazes, nem bandas, nem grandes tendas. Nenhum comitê organizador, nenhum diretor, mas tudo acontecia com irreal ordem. No domingo à noite, não foi tocado o órgão da igreja e também nenhum instrumento musical, mas a congregação cantava como que um coral de anjos e oravam orações intensas e reverentes. A congregação era absolutamente ordeira e sóbria, mas algo de extremo júbilo permeava seus rostos e o entusiasmo com que louvavam e adoravam o Senhor era como que contagiante”.

De acordo com Wesley Duewel em “O fogo do reavivamento”:

“Um jornalista de Londres que assistiu às reuniões ficou surpreso ao ver como os cultos prosseguiam quase sem liderança ou orientação humana. Hinos, leitura da Palavra, oração, testemunhos dos convertidos e breves exortações por várias pessoas sucediam-se segundo o Espírito guiava. Os grandes hinos da igreja eram cantados durante três quartos da reunião; a ordem reinava, embora mil ou duas mil pessoas estivessem presentes. Se alguém se demorava muito na exortação, outra pessoa começava um hino. Evan Roberts insistia continuamente: "Obedeçam ao Espírito", e o Espírito mantinha a reunião pacífica e ordeira.” 

Heládio Santos
prof. IPC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Primeiro culto de Integração Universitária da Comunie

      Contagiado por uma profunda paixão cristã, o Reverendo Glauco Barreira Magalhães Filho promoveu, no último sábado (20/02/16), em parceria com a Faculdade 7 de Setembro, Ormece, Igrejas e grupos de evangelização atuantes nas Universidades (Alfa e ômega, GAPE, entre outros), o primeiro culto de integração universitária, tendo em vista a promoção da capelania universitária.
         Abrilhantaram o evento e marcaram presença o Dr. Ednilton Soárez, sua esposa e seu filho, Dr. Henrique, proprietários da Escola e Faculdade 7 de Setembro. Em atitude louvável, o Rev. Glauco Filho destacou a honrosa participação e agradeceu a atitude solícita do Dr. Ednilton em disponibilizar o auditório do curso de Direito da referida faculdade para sediar o evento.
         Professores e alunos universitários foram o público alvo da programação em razão da preocupação do Rev. Glauco girar em torno do fato de as universidades estarem promovendo um viés estritamente antropocêntrico, privando e intimidando manifestações de cunho cristão. O interesse da capelania, segundo o pastor e professor Glauco, é capacitar e estimular os estudantes cristãos a guardarem a fé (pregá-la e ensiná-la dentro da Academia) ante os desafios que se apresentam de modo que cada um possa sistematizar seus conhecimentos acadêmicos, fundamentando-os nos princípios provenientes das Escrituras Sagradas. Certamente, uma proposta bem desafiadora, levando em consideração o grande quadro docente ateísta e relativista. Mas, essa é a proposta do projeto: desafio e ousadia através da fé.
         O culto foi marcante. O público foi elevado à adoração com hinos e canções cujo conteúdo demonstrou a grandiosidade do Senhor pelo grupo de louvor da Igreja Batista Renovada Moriá, composto pelos vocalistas Fabiano, Pabliana (Prof. Dra. Química da UFC) e Lívia, acompanhados pelos irmãos Daniel e Ivanilson (teclados), Diego (guitarra), Ésio (bateria), Fabrício (violão elétrico) e Alysson (contrabaixo). A postura, a interpretação e a sensibilidade com que o grupo se apresentou demonstraram a seriedade que deve nortear o segmento musical da Igreja sobre a conduta dos verdadeiros adoradores (Louvado seja Deus pelo exemplo desses homens e mulheres!). Após os louvores e com a “espada desembainhada e bastante afiada”, o pastor Glauco pregou com o brilho de um farol acesso diante de um mar tempestuoso e revolto, tentando chamar a atenção dos “navegantes” para o rumo que devem tomar. Sua reflexão pautou-se sobre conceitos da biologia, das ciências jurídicas e das ciências humanas (sociologia e filosofia), levando-nos a um senso crítico diante das teorias tão cultuadas no meio acadêmico e colocando-as no “tribunal das Escrituras”. Expôs as formas como pensadores propunham suas reflexões contrárias aos preceitos de Cristo e fez questão de mencionar que o Cristianismo foi o genitor da Universidade, portanto não podendo ser descartado da seara acadêmica.
         Para quem não teve o privilégio de participar deste primeiro evento, temos duas boas notícias: haverá novos encontros, sempre no início e final de cada semestre (fique informado visitando o blog do pastor Glauco: www.cristianismoeuniversidade.blogspot.com.br ou pelo seu facebook), e em breve estaremos disponibilizando neste blog vídeos deste sábado que será um marco na carreira cristã de muitos acadêmicos devotados a Deus. Soli Deo Gloria!

Veja algumas fotos do evento:

Palavra inicial do Reverendo Glauco B M Filho

Apresentação do projeto de capelania universitária

Momentos de acomodação dos participantes

Chegada do público ao auditório

Fala inicial do pastor e prof. Glauco B M Filho

Louvores com Lívia, Pabliana e Fabiano

Irmãos e irmãos no momento da pregação

ouvidos atentos à mensagem do Evangelho

Todos compenetrados para ouvir a voz do Senhor




por Heládio Santos

Sociólogo e especialista em Comunicação Social

Todas minhas fontes estão em ti

Poema de Rosalee M Appleby
Canton - Mississipi - Outubro de 1962

E pelo Espírito,
       Que o culto deixe de ser uma formalidade exterior e torne-se uma experiência íntima
E pelo Espírito,
       Que o Cristianismo deixe de ser dogma e torne-se vida e realidade
E pelo Espírito,
       Que a religião deixe de ser uma tradição do passado e se torne uma prática do presente.
E pelo Espírito,
       Que Jesus cesse de ser histórico e seja uma presença verdadeira em nosso coração.
E pelo Espírito,
       Que a Bíblia deixe de ser uma literatura semanal obrigatória para os crentes e seja um prazer diário.
E pelo Espírito,
       Que a oração deixe de ser uma humana repetição de palavras e torne-se a voz do Grande Intercessor que intercede com gemidos inexprimíveis.
E pelo Espírito,
       Que a igreja deixe de ser uma reunião social e se transforme em manancial de vida, fonte inesgotável onde as ovelhas possam ir beber águas limpas e se alimentar de pastagens verdejantes.
E pelo Espírito,
       Que a pregação deixe de ser ética e oratória, tornando-se recado divino e instrumento profético de chamada missionária.
E pelo Espírito,
       Que os crentes queiram ser mais do que simples membros de uma denominação, que eles queiram ser cidadãos do Reino.
E pelo Espírito,
       Que o serviço cristão deixe de ser dever obrigatório e se transforme em cooperação voluntária e alegre.
E pelo Espírito,
       Que a vida diária deixe de ser existência monótona e se transforme em uma aventura gloriosa em união com o Segredo deste Universo.
E pelo Espírito,
       Que o nosso andar não seja mais só pelo que vemos, e o nosso desejo só pelo que podemos tocar, mas que pela fé, possamos andar nos lugares altos, como que vendo o invisível e almejando o impossível.  
E pelo Espírito,
       Que o fluir do Senhor através de nós seja como foi prometido, com rios de água viva fluindo de nosso interior e não apenas algumas poucas gotas.
E pelo Espírito,
       Que obras iguais e até maiores das que Jesus fez, sejam também feitas por nossas mãos, diariamente.
E pelo Espírito,
       Que Deus nos mostre coisas que nenhum olho viu e nos fale coisas que nenhum ouvido ouviu e nos revele coisas que jamais subiram a nenhum coração humano.
E pelo Espírito,
       Que tenhamos comunhão com o Filho de Deus, e nos tornemos participantes de sua natureza divina.
E pelo Espírito,
       Que possamos abandonar toda imitação falsa do amor e começar a amar de verdade, deitando por terra toda nossa hipocrisia.
E pelo Espírito,
       Que os nossos olhos vejam muito mais do que a letra e os ouvidos ouçam algo mais além do que os ruídos deste mundo caído e que se tornem possíveis as coisas que antes não eram.
E pelo Espírito,
       Que todos os que creem possam ser transformados de glória em glória, na imagem de nosso Salvador, Cristo Jesus,
Nem por força, nem por violência,
       Nem por formalidade, nem por atividade,
             Nem por legalismo, nem por lógica,
                    Nem por eloquência, nem por organização
                           Nem por dogmas, nem por discussão,
MAS,
PELO MEU ESPÍRITO, diz o Senhor dos Exércitos.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Os efeitos do Avivamento Galês de 1904

Após alguns levantamentos, constatou-se que cerca de 100.000 pessoas foram impactadas pelo despertamento no país de Gales. Muitos descrentes e uma grande quantidade de membros de igrejas perceberam a falta de salvação em suas vidas. Decorrente disso, eles tiveram uma profunda experiência com Deus de modo que o quadro espiritual foi bruscamente alterado, modificando também o quadro social.

As consequências do avivamento foram notificadas em vilas e aldeias, nos locais de trabalho e de lazer; não houve possibilidade de alguém não ser tocado pelo clima que se instaurou nas regiões por onde o vento do Espírito soprava. As minas, local onde existia um grande fluxo de homens devassos, foram transformadas pelo poderoso impacto de Deus. Mineiros sujos e profanos provaram o dom celeste e não mais praguejavam, injuriavam, nem mesmo incomodavam-se pelo desprazer causado pelo árduo serviço no escuro e sem proteção. Tudo passou a ser motivo para oração e louvor. Agora, trabalhavam e a qualquer sinal de clamor ou pregação, todos paravam, ouviam e meditavam nas santas palavras ungidas. Centenas de homens reuniam-se debaixo da terra para cultuarem a Deus: chefes e subalternos eram elevados à presença do Altíssimo. Palavras tocantes eram proferidas e pronunciadas por bocas que anteriormente só utilizavam uma linguagem torpe, devassa e indecente; mas, noticia-se que naqueles dias de avivamento até os cavalos não mais entendiam os comandos dos seus donos devido à falta de utilização de palavreado impróprio. A alegria era contagiante e o entusiasmo pairava nos agraciados corações. Havia arrependimento, contrição e despertamento. Que clima de renovo espiritual!

reunião de oração e pregação  nas minas
Outros relatos seguem:  

“Há várias histórias registradas sobre a mudança de clima nas minas. Um empregado estava com medo de perder o emprego, porque sua tarefa era cuidar dos cavalos e, agora, todos os mineiros convertidos estavam cuidando com muito mais responsabilidade, cada um do seu próprio cavalo. Mas isso não era o ‘pior’: os cavalos também estranharam a mudança. Acostumados a serem tratados com aspereza, palavrões e agressões, de repente ninguém mais gritava ou dava chicotadas. Os homens haviam sido ‘amansados’ pela operação do Espírito, e os cavalos não lhes obedeciam mais – não estavam acostumados a serem tratados com mansidão!

O grande vício do povo na época era a bebida alcoólica. Os bares foram esvaziados. Muitos faliram e foram obrigados a fechar as portas. Com a queda na bebida, houve queda marcante nos índices de criminalidade. A vida nas famílias foi transformada, porque os homens ficavam em casa e davam mais atenção para esposas e filhos.” (Demoss, Nancy Leigh e Smith, Maurice in o Arauto de sua vinda)

Tribunais ficaram vazios
Além do mover do Espírito transformando o interior, verifica-se uma grande transformação na vida social de Gales. Testemunhos de um médico entrevistado na época refletem a grande mudança:
        
Repórter: “O que o senhor está achando do avivamento?”
Médico: “Estou achando maravilhoso. As pessoas estão acertando todas as suas dívidas antigas. Contas que achei que nunca mais receberia estão sendo pagas.”

Demoss e Smith continuam e informam:

“Um batismo de honestidade, um batismo de perdão, um batismo de reconciliação. Nos tribunais de justiça, às vezes não havia casos para serem julgados. A polícia ficava ociosa e, em um lugar, passou a formar quartetos para cantar nas igrejas, para ocupar seu tempo.”

Que Deus nos conceda o privilégio de contemplar um reavivamento tão profundo como o foi em Gales. Que homens e mulheres se unam nesse espírito para clamarem ao Senhor a fim de Ele nos enviar seu poderoso Espírito. Ore Igreja do Senhor e busque a face do Todo-Poderoso para vê a sua glória.

Pr. Heládio Santos
Prof.IPC

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Culto de doutrina da Igreja Batista Renovada Moriá em 18/02/2016

Clamores autênticos, súplicas intensas, contrição convicta: clima de profunda comunhão com Deus a fim de que Ele reavive sua obra. Orações pelos pecadores, intercessão pela salvação de homens e mulheres, petições para que muitos possam reconhecer seus maus caminhos e atenderem o chamado do Mestre. A Igreja ora intensamente por drogados, presidiários, catadores de lixo, intelectuais, jovens, velhos, devassos, religiosos... a Igreja está prostrada... A Igreja clama por poder espiritual... pede um poderoso avivamento... clama para que o vento impetuoso do alto encha o cenáculo e o Santo Espírito pouse sobre crentes com línguas de fogo. Orações reivindicam o agir de Deus mais uma vez... há entrega e consagração... muitos intercedem para que o Senhor torne a fazer o que fez em Atos; o que fez nos tempos de Wesley, Whitefield e Spurgeon; o que fez com o Exército de Salvação do General Willian Booth; o que fez em Azuza Street através do rendido coração do pastor Seymour...

Sinta um pouco da comoção da Igreja no vídeo abaixo:


Nesta noite não houve pregação... Deus não permitiu ao homem falar. Ele falou diretamente aos corações de sua Igreja, enquanto seu povo orava buscando contentar o coração do Todo-Poderoso.

Assista mais um vídeo, o testemunho do irmão Ivanildo Mendes sobre sua congregação no Jardim das Oliveiras (congregação em oração fervorosa e salvação de vidas):


O clima do retiro espiritual de carnaval continua a contagiar nossos corações... Glórias e Honras ao Salvador!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O reaparecimento do reavivamento Moriá

“Todo o distrito está sob o domínio duma força espiritual tão extraordinária que não dá sinal algum de diminuir seu poder.”
         O relato acima é o do avivamento ocorrido em 1904. Esse relato foi dado por um jornal da época.
         O avivamento de 1904, ocorrido no país de Gales, foi realmente tremendo. Foi um avivamento que atingiu todo aquele país, levando milhares de vidas a converter-se SEMANALMENTE. As conversões eram radicais, e caracterizadas pelo derramamento de lágrimas, confissão de pecados e uma posterior experiência da plenitude do Espírito. Vinham repórteres de toda parte para ver aqueles fenômenos espirituais. Os jornais não noticiavam outra coisa. Grandes homens de Deus, como Gyspy Rodney Smith, F.B. Meyer, G. Campell Morgan e o General Booth (fundador do exército da salvação) foram ver com os próprios olhos aquela obra de Deus. O posterior avivamento Azuza (que expandiu o pentecostalismo) se inspirou no avivamento de Gales e com ele manteve contato.
         O avivamento no país de Gales começou quando um crente chamado Evan Roberts, membro de uma igreja denominada “Igreja Moriá” foi cheio do Espírito Santo. Vejamos o seu relato: “Um suor desceu pelo meu rosto e lágrimas brotaram rapidamente até que pensei que o sangue também brotava. Logo o Sr. Davies se aproximou para enxugar meu suor. Quando eu sentia tudo isso, o auditório cantava a pleno coração – ‘Estou indo, estou indo, Senhor para Ti’. Daí um grande peso veio sobre mim, pela salvação das almas perdidas”. Essa experiência de Evan se deu em Blaenanerch, numa convenção. Após esta bênção do Espírito naquela convenção, o Espírito Santo falou para Evan Roberts voltar a Igreja Moriá, pois haveria um grande avivamento lá. Sobre isso, disse Evan: “... Orei e orei bastante para que pudesse acompanhar o culto, mas não pude. Os meus pensamentos vagueavam, e minha mente prendia-se a mocidade de Moriá. Havia uma voz como a dizer-me: ‘Você deve ir, você deve ir!’ Então conversei com o Sr. Phillips sobre isso, indagando-lhe se era voz do Diabo ou do Espírito. Ele me respondeu: ‘Não, não; o Diabo nunca nos dá tais pensamentos: Era a voz do Espírito Santo’”.
         Evan Roberts voltou a Moriá e começou a pregar. O resultado foi que Deus operou e o fogo caiu.
         Quando comecei a Igreja Batista Renovada Moriá, eu não conhecia a história do avivamento no país de Gales, nem a história de Evan Roberts. Deus é testemunha disso. Quando eu escrevi a apostila “A história da Igreja Batista Renovada Moriá”, também ainda não conhecia sobre a história do avivamento no país de Gales. No entanto, quando eu li a história do despertamento no país de Gales e da vida de Evan Roberts, eu fiquei espantado e ao mesmo tempo alegre ao ver os pontos em comuns desta obra do Espírito a que vimos e vemos em nossa igreja. Vejamos esses pontos em comum:
1)   A coincidência do nome de Igreja: Moriá;
2)   O que ocorreu entre eles foi pela instrumentalidade de jovens, assim como também entre nós. As críticas sofridas por eles em virtude disso são semelhantes as que sofremos. Vejamos: Evan Roberts tinha 26 anos. Maria (irmão de Evan) tinha 16 anos. Dan (irmão de Evan) e Sidney Evans estavam aí pelos vinte. As “irmãs cantoras” tinham entre 18 e 22 anos;
3)   A pregação mais conhecida de Evan Roberts foi inspirada no chamado recebido do Espírito que ele teve, e baseou-se em Gênesis 12:1-2. Esse foi exatamente o texto que Deus usou, quando me chamou para iniciar a Igreja Batista Renovada Moriá...
É bem verdade que ainda falta muito para alcançarmos o nível espiritual dos irmãos de Gales, mas Deus a cada dia sopra o seu Espírito mais forte sobre nós.
         Quem quiser que diga que essas semelhanças são mera coincidência, mas para mim, não há dúvida: É o reaparecimento do avivamento Moriá.
         Que nossa oração seja igual àquela que Evan Roberts ensinava as crianças da Igreja: “Envia o Espírito Santo a Moriá, por amor de Jesus”.
         Aleluia!

Pr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Pastor da Igreja Batista Renovada Moriá

Artigo publicado no singelo Jornal Moriá, datado de Maio/Junho de 1992.









segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Sobre Evan Roberts por Frank Bartleman

Frank Bartleman
Durante alguns dias tive a impressão de que outra carta chegaria de Evan Roberts. Logo chegou e dizia o seguinte:

País de Gales, 14 de novembro de 1905.

Meu caro companheiro: O que posso lhe dizer que o encoraje nesta grande luta?

Vejo que é uma luta terrível: o reino do mal está sendo atacado de todos os lados. Oh! São milhares de orações - não só orações formais - mas a própria alma chegando diretamente ao Trono Branco! O povo de Gales tem aprendido a orar neste último ano. Que o Senhor os abençoe com um grande derramamento. Em Gales parece que o Senhor está sobre a congregação, esperando que os corações dos seguidores de Cristo se abram. Tivemos um grande derramamento do Espírito Santo na última noite de sábado. Antes disto o conceito que o povo tinha do verdadeiro louvor foi corrigido. Vimos que devemos:

1. Dar a Deus, e não receber.
2. Agradar a Deus , e não a nós mesmos.

Oramos, então, olhando para Deus e não para o inimigo, nem para o medo dos homens, e o Espírito do Senhor se fez presente. Tenho pedido a Deus em oração para manter você forte na sua fé e para salvar a Califórnia. Permaneço seu irmão na luta - de Evan Roberts.

Era a terceira carta que recebíamos de Evan Roberts, de Gales, e percebi que sua oração tivera muito a ver com a nossa vitória final na Califórnia.

Evan Roberts nos conta a respeito de sua própria experiência com Deus:

"Uma Sexta-feira à noite, no último outono, enquanto orava ao lado de minha cama, antes de dormir, fui elevado a uma grande expansão, fora do tempo ou espaço. Era comunhão com Deus! Antes disso, eu conhecera um Deus distante. Fiquei apavorado naquela noite, mas depois disso nunca mais. Tremia tanto que a cama chegava a balançar e meu irmão que acordada me segurava, pensando que eu estava enfermo."

Esta experiência se repetiu todos os dias durante três meses, da uma às cinco da madrugada. Ele escreveu este recado ao mundo durante aquele período:

"O Avivamento no País de Gales não vem dos homens, é de Deus. Ele está muito próximo de nós; não há problemas de crenças ou dogmas neste movimento. Não estamos ensinando nenhuma doutrina sectária, só a maravilha e a beleza do amor de Cristo. Perguntaram-me sobre meus métodos, mas eu não os tenho. Nunca preparo o que vou dizer, mas deixo tudo para Ele. Eu não sou a fonte deste Avivamento, mas apenas um agente entre tantos outros que estão se transformando numa multidão. Não espero que as pessoas me sigam, mas quero o mundo para Cristo. Eu creio que o mundo está às portas de grande Avivamento espiritual e oro todos os dias para que eu possa ajudar na sua realização. Coisas maravilhosas têm acontecido em Gales nestas últimas semanas, mas elas são apenas o princípio. O mundo será varrido pelo Espírito Santo, como por um vento forte e poderoso.
Muitos que agora são cristãos silenciosos liderarão o movimento. Verão uma grande luz e refletirão essa luz sobre milhares que estão nas trevas. “Milhares se levantarão e farão mais do que nós jamais conseguimos realizar, à medida que Deus lhes der poder.”

Que humildade maravilhosa! Este é sempre o segredo do poder.

Evan Roberts
Uma testemunha inglesa do Avivamento em Gales escreveu: “Tanta angústia na intercessão pelas almas dos não salvos nunca antes presenciei. Vi o jovem Evan Roberts transtornado pela dor, e convidando o auditório a orar. ‘Não cantem’, ele suplicava, ‘é terrível demais para cantar!’” (A convicção do pecado muitas vezes é perdida pelo povo, quando se canta demais.)

Outro escritor declarou que não era a eloquência de Evan Roberts que comovia o povo; eram suas lágrimas. Ele os quebrantava, chorando amargamente para que Deus os dobrasse em tal agonia que as lágrimas escorriam pelo seu rosto e todo o seu corpo tremia. Homens fortes eram quebrantados e choravam como crianças. As mulheres gritavam de medo. O barulho do choro e dos gritos enchia o ar. Quando sua agonia se tornava maior, Evan Roberts Chegava a cair diante do púlpito, enquanto muitos dentre o povo chegavam a desmaiar.

Extraído do livro “A história do Avivamento Azuza” por Frank Bartleman

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Fogo do Avivamento de Wesley Duewel é publicado novamente

Em todas as épocas, em todas as nações o fogo do avivamento faz com que o coração se incendeie.

O fogo do céu arde, e uma pedra do altar pega fogo. Assim começa o despertamento espiritual, o aquecimento de um fogo de reavivamento que ainda arde hoje em dia. 

Wesley Duewel, começando com Elias e aquele fenomenal um dia de reavivamento de Israel, conta histórias de reavivamentos que se estendem por todo o globo, da América à China e à África, todos eles ocasionados pela obediência e pela oração sincera. Ele ilustra a forma como Deus usa o fogo do reavivamento ao longo dos séculos para reavivar a igreja e revelar a presença gloriosa do Espírito Santo.


A editora Hagnos (re)lança uma obra oportuna para nossos dias, O Fogo do Reavivamento, outrora lançado pela editora Candeia, agora é publicado com o título O Fogo do Avivamento. Em breve estaremos disponibilizando para venda em nosso stand na Igreja Batista Renovada Moriá. Adquira e permita que seu coração seja incendiado pelos muitos testemunhos. O preço de venda será de R$ 29,90. 

Efeitos da pregação de Charles Finney numa vila próxima à cidade de Antwerp

“Falei-lhes durante algum tempo, mas quinze minutos depois de estar a falar sobre a sua responsabilidade pessoal diante de Deus, constrangendo-os ao arrependimento, de repente uma seriedade abismal apoderou-se daqueles rostos antes irados, uma solenidade fora do vulgar. Logo de seguida todas as pessoas começaram a cair nos seus joelhos, em todas as direções como que caindo dos seus assentos, clamando por misericórdia a Deus. Caso tivesse uma espada em minha mão, nada de igual havia de conseguir com efeitos parecidos e tão devastadores. Parecia que toda a congregação estava ou de joelhos, ou prostrados com o nariz no chão gritando por misericórdia logo ali. Numa questão de dois minutos toda aquela congregação estaria de joelhos a clamar. Cada um orava por si próprio, aqueles que tinham como falar.
É obvio que tive de parar com a pregação, já que ninguém me prestava mais atenção. Eu olhei e vi aquele velhinho que me endereçou o convite para pregar ali, sentado a meio da sala, olhando à sua volta muito perplexo, muito atônito com tudo aquilo. Levantei a minha voz muito alto, quase gritando, para que me ouvisse e perguntei-lhe se sabia orar. Ele de imediato caiu de joelhos e implorou por aquelas almas em agonia, entre a vida eterna e a morte. A sua voz era forte e todo o seu coração estava sendo derramado diante do Criador do mundo. Ninguém o ouvia, ninguém ali prestava qualquer atenção às suas palavras. Logo comecei a falar com algumas pessoas que clamavam assustadamente a Deus, para que me ouvissem e prestassem atenção. Eu dizia: "Olhem, ainda não estão no inferno! Deixem-me assinalar-vos o caminho para Cristo!" Por alguns instantes eu queria trazer-lhes o evangelho, mas não conseguia a sua atenção sequer. Todo o meu coração palpitava e exultava de tal modo que me controlei com muito custo para não gritar de alegria por toda aquela visão celestial, dando glória a Deus. Assim que tive como controlar meus sentimentos, debrucei-me diante dum jovem que estava ali perto e muito atarefado a orar por ele mesmo. Pus minha mão suavemente em seu ombro, atraindo a sua atenção e pregando-lhe Jesus ao ouvido em sussurro. Assim que captei a flecti a sua atenção para a cruz de Cristo, ele creu, acalmou-se, aquietando-se estranhamente pensativo durante um minuto ou dois, para logo de seguida irromper numa oração dedicada por todos aqueles aflitos, ali mesmo. Fiz o mesmo com um e outro com os mesmos resultados. Depois mais um e mais outro até que chegou a hora em que eu haveria de sair dali para cumprir com um outro compromisso na vila.”


Por Wesley L. Duewel - O Fogo do Reavivamento

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Retiro Espiritual

                Os retiros promovidos pela Igreja Batista Renovada Moriá têm como objetivo resgatar o máximo de experiências contidas em Atos. Nossa visão é de reproduzir em pregações e através da participação da comunidade os passos da Igreja Primitiva e da doutrina de Cristo, entendendo, como Igreja, que somos responsáveis pela assimilação daqueles valores espirituais.
Neste ano, a comissão de retiros registrou 350 inscrições, acrescidas de, aproximadamente, 100 pessoas visitando diariamente a E.E.F. Maria do Socorro Gouveia, em São Gonçalo do Amarante no Ceará, local escolhido para o retiro de 2016. Neste, todos foram alocados nas salas de aula que passaram a ser quartos de repouso e descanso. As salas ficaram repletas, mas todos agiram com contentamento, apesar das acomodações não serem muito confortáveis. As reuniões (cultos), que se realizavam pela manhã, tarde e noite, eram realizadas no ginásio da escola. Muitas cadeiras bem enfileiradas e as arquibancadas serviram para acomodar os irmãos nesse espaço. Nos momentos das pregações, crianças de 3 a 11 anos eram deslocadas para programações específicas para três faixas-etárias nas quais professoras e auxiliares se prestaram ao serviço de evangelização dos infantes. Durante os intervalos, irmãos, espontaneamente, organizaram reuniões de aconselhamento, de orações, de consagração, de jovens e uma programação especial no final do retiro: um musical com a turma do Smilinguido para o público infantil do retiro e da vizinhança.
Ao observarmos a dinâmica do evento, percebemos algumas de suas particularidades. Os retirantes são heterogêneos do ponto de vista do status social: há irmãos de classe baixa, média e alta, segmentados nestes níveis. Entretanto, não se verifica a presença de segregação, pois todas as atividades e a alimentação são comuns. Direitos e deveres atingem a todos de modo que ninguém se exime de limpar banheiros, varrer os espaços utilizados, preparar cafés da manhã, almoço e jantar, entendendo que tais feitos promovem o bem estar do próximo, promovendo, assim, o ideal de Atos dos Apóstolos no qual “... todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum” (At 2:44). A solidariedade é praticada e desenvolvida de modo a impressionar os expectadores.
A pregação é objetiva e demonstra a exclusividade dos conceitos apostólicos a fim de os ouvintes anelarem para suas vidas tudo quanto está contido no texto bíblico. Não há fuga do estabelecido, não há vã intenção nem interesses de promoção pessoal, mas uma ânsia para uma intensa e profunda demonstração do conteúdo bíblico para que a Igreja seja robustecida e edificada no Caminho. A Igreja ouvinte atende ao clamor do pregador e absorve a fé valiosa que unifica o corpo. O clima espiritual que se verifica entre ambos torna a unidade doutrinária um marco muito bem arraigado. Óbvio, se o Espírito de Deus é quem opera no meio do seu povo, Ele como Paráclito (mentor e orientador) não trabalharia para promover uma desordem dos fundamentos do Cristianismo. Foi o Santo Espírito quem inspirou as pregações, tornando os corações dos participantes sensíveis às suas orientações bíblicas. Desta forma, a doutrina propagada por todos tende a homogeneidade como premissa e orientação da univocidade das Escrituras.
Há também vínculos que se estabelecem. Muitos irmãos se conhecem e estreitam seus laços fraternos através do compartilhamento de experiências de vida e perspectivas. Uns falam de suas dificuldades e logo são acolhidos pela paciência e boa instrução dos que ouvem. Traumas são remediados pela proferição de santas promessas que fortalecem o espírito. Neste contexto, pessoas que são tidas como de pouca instrução propõem sentenças sábias e coerentes de modo a valorizar o dom de Deus instaurado em suas vidas. A alegria e a felicidade é a marca destes relacionamentos que se firmaram na esperança do crente.
O resultado geral foi muitos cristãos “incendiados” e manifestando maior amor pelo Salvador; homens, mulheres, jovens e crianças foram tocados, tornando-se sedentos e dispostos a ter uma boa consciência cristã inspirada pela presença do Altíssimo. Vimos irmãos serem curados de males físicos e males da alma, vimos dureza de coração ser quebrada, vimos quebrantamentos, reconciliações e salvação. Houve casos no qual ouvintes foram salvos e poucos instantes depois estavam sendo revestidos do poder do alto. Salvação, restauração e batismos no Espírito Santo movimentaram a vida de muitos cristãos durante este feriado em nosso retiro. Algumas fotos do evento e um vídeo do musical estão postadas abaixo: